humor, Visão e relacionamentos

Posted by Café Filosófico | Posted in | Posted on 12:40

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"o sábio quer aprender. o ignorante quer ensinar" ou "Não há prazer mais complexo do que pensar” (Jorge Luís Borges).

O que é humor? O humor pode ser estudado e discutido sobre várias perspectivas e entendimentos: psicológica, lúdica, social, política, cultural etc. No entanto, o humor é contraditório e cheio de ambivalências, como tudo que pertence e passa pelo crivo da experiência humana. Assim podemos dizer que o riso, o sorriso e a gargalhada é uma experiência profundamente individual, como também, é cultural e universal.

Ø Individual – o ato de ri ou vivenciar o humor é algo relacionado à nossa subjetividade, particularidade psicológica e o modo pessoal como encaramos a vida e suas situações.

Ø Cultural – No sentido antropológico da palavra, o humor se constrói a partir das influencias e situações bem específicas: Sociais, religiosas, históricas, climáticas, geográficas, educacionais etc.

Universal – É constitutivo do ser humano ri, sendo o homem o único animal que ri.

Classificação psiquiátrica dos humores:

ü Humor Disfórido – Estado de ânimo desagradável.

ü Humor Expansivo – Expressão de sentimento sem restrições.

ü Humor Irritável – Facilmente a pessoa se irrita e fica raivosa.

ü Humor Lábil – Oscilação entre períodos de euforia e depressão.

ü Humor Exaltado – Ar de confiança e alegria, pessoa mais animada.

Classificação dos Temperamentos ou Humores segundo Hipócrates, Pai da medicina. Para Hipócrates, o corpo humano é formado da mistura de 04 “sucos” ou humores: Sangue ( Calor – Vida ), Fleuma ( frieza, impassibilidade), bílis amarela e negra. Cada um dos humores é constituído por uma combinação dos quatros elementos: quente, frio, seco e úmido. Daí a constituição dos humores se formam a partir da mistura de destes 04 elementos, o que deu a seguinte classificação: Sanguíneo, Fleumático, Melancólico e colérico.

O que os estados de humor nos ensinam a nosso respeito? Os estados de humor nos faz refletir e pensar como é complexo, confuso e obscuro para nós: as forças instintivas, as emoções oscilantes e imprevisíveis do nosso temperamento. Nossos humores exercem grande força e influência sobre nossas ações e reações, decisões, acertos e erros, perturbação dos nossos relacionamentos. Nossos estados de humor, inclusive, a pauta a forma como enxergamos a vida, o mundo e os outros: “Não vemos as coisas como elas são, mas como somos” (Anais Nis).

O bom ou mau humor define nossa visão sobre o mundo, nossa vitalidade, criatividade e auto-estima (conceito de si, gostar de si). Santo Agostinho dizia que “o entusiasmo é o sal da alma”. O mau humor crônico ou constante, atrofia e bloqueia as forças vitais e criativas do ser da pessoa, matando-nos e oprimindo-nos, e também fazendo-nos “matar” os outros. É a prevalência do Tanatos Freudiano sobre Eros, da morte sobre a vida, da repressão sobre o prazer.

O que esperar de uma pessoa dominada pelo mau humor? O imperador Marcos Aurélio faz as seguintes interrogações a respeito de uma pessoa assim: “Você deseja ser elogiado por alguém que a cada três horas amaldiçoa a si mesma? Espera agradar a uma pessoa que não agrada a si mesma? Está contente consigo mesmo aquele que se queixa de quase tudo o que faz” (O Guia do Imperador).

Nossa maior liberdade ou escravidão em relação aos nossos humores dependerá de como lidamos com os nossos estados efetivos emocionais. Para isso é preciso autoconhecimento e a ignorância, a estupidez, a arrogância, a soberba e a covardia impedem uma melhor percepção e lucidez do que somos e dos nossos estados de humor: “O sábio tem os olhos abertos, o insensato caminha nas trevas” (Ecl , 14) ou segundo a sabedoria estóica de Marcos Aurélio: “A felicidade daqueles que querem ser populares depende de outros; a felicidade daqueles que procuram fazer flutua com estados afetivos fora de seu controle; mas a felicidade dos sábios surge dos seus próprios atos livres”.

Existe uma relação entre prazer, humor e sofrimento? Sigmund Freud afirma que o humor produz uma satisfação e prazer à pessoa que é tomada por este estado mental e psíquico. Segundo ele, o humor é uma recusa, resistência e postura do Ego em não se submeter ao sofrimento, a tragédia, as angústias e a crueldade advindas do mundo externo: “O humor não é resignado, mas rebelde” (Freud, O Mal-Estar da Civilização).

O filósofo Epicuro nos pensamento propõe um caminho de superação às adversidades do mundo externo, através da felicidade, autonomia de si da libertação do sofrimento e a vivência do prazer. O que é prazer para Epicuro? “Por prazer entendemos a ausência de sofrimento de perturbação na alma”. Seria o estado denominado por ele de ataraxia ou imperturbabilidade da alma, a máxima expressão de saúde e do bem estar psicológico e espiritual. As tensões e os conflitos externos não são capazes de nos dominar, causar amargor, mau humor e pessimismo. “É a regra maior do sábio epicurista “agir por si mesmo”: Aquele que vive sem perturbação, não pode ser perturbado nem por si mesmo, nem por outro”.

Prof. Antonio Rênio Gurgel de oliveira (O Grão-Chanceler)

O poder da Mente...

Posted by Café Filosófico | Posted in | Posted on 13:26

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O que vocês vão ler agora é um trecho retirado da revista super interessante de Julho de 2002... A mente humana grava e executa tudo o que lhe é enviado, seja através de palavras, pensamentos ou atos, seus ou de terceiros, sejam positivos ou negativos, basta que você os aceite. Essa ação sempre acontecerá, independente se traga ou não resultados positivos para você. Um cientista de Phoenix-Arizona queria provar essa teoria. Precisava de um voluntário que chegasse às últimas consequências. Conseguiu um em uma penitenciária. Era um condenado à morte que seria executado na penitenciária de St Louis no estado de Missouri, onde existe pena de morte executada em cadeira elétrica. Propôs a ele o seguinte: ele participaria de uma experiência científica, na qual seria feito um pequeno corte em seu pulso, o suficiente para gotejar o seu sangue até a última gota final. Ele teria uma chance de sobreviver, caso o sangue coagulasse. Se isso acontecesse, ele seria libertado, caso contrário, ele iria falecer pela perda do sangue, porém, teria uma morte sem sofrimento e sem dor. O condenado aceitou, pois era preferível do que morrer na cadeira elétrica e ainda teria uma chance de sobreviver. O condenado foi colocado em uma cama alta, dessas de hospitais e amarraram seu corpo para que não se movesse. Fizeram um pequeno corte em seu pulso. Abaixo do pulso, foi colocado uma pequena vasilha de alumínio. Foi dito a ele que ouviria o gotejar de seu sangue na vasilha. O corte foi superficial e não atingiu nenhuma artéria ou veia, mais foi o suficiente para ele sentisse que seu pulso fora cortado. Sem que ele soubesse, debaixo da cama tinha um frasco de soro com uma pequena válvula. Ao cortarem o pulso, abriram a válvula do frasco para que ele acreditasse que era o sangue dele que estava caindo na vasilha de alumínio. Na verdade, era o soro do frasco que gotejava. De 10 em 10 minutos, o cientista, sem que o condenado visse, fechava um pouco a válvula do frasco e o gotejamento diminuía. O condenado acreditava que era seu sangue que estava diminuindo. Com o passar do tempo, foi perdendo a cor e ficando cada vez mais pálido. Quando o cientista fechou por completo a válvula, o condenado teve uma parada cardíaca e faleceu, sem perdido sequer uma gota de sangue. O cientista conseguiu provar que a mente humana cumpre, ao pé-da-letra, tudo que lhe é enviado e aceito pelo seu hospedeiro, seja positivo ou negativo e que sua ação envolve todo o organismo, quer seja na parte orgânica ou psíquica. Essa historia é uma alerta para filtrarmos o que enviamos para nossa mente, pois ela não distingue o real da fantasia, o certo do errado, simplesmente grava e cumpre o que lhe é enviado.
"Quem pensa em fracassar, já fracassou mesmo antes de tentar".
Somos o que pensamos e acreditamos ser.

Correr Riscos

Posted by Café Filosófico | Posted in | Posted on 16:19

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Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!

(orador romano e Filósofo - Seneca)

Frases Filosóficas

Posted by Café Filosófico | Posted in | Posted on 16:14

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“Não existe alegria, apenas calma.”
Alfred Lord Tennyson

“O maior patrimônio de uma nação é o espírito de luta de seu povo e a maior ameaça para uma nação é a desagregação desse espírito.”
George B. Courtelyou

“A verdade é a essência da moralidade.”
T. H. Huxley

“O homem é aquilo que sabe.”
Francis Bacon

“Se respeitar as pessoas como elas são, você pode ser mais eficaz ajudando-as a se aperfeiçoarem.”
John Gardner

“O inverso da verdade tem dez mil formas e um campo ilimitado.”
Michel Euquem de Montaigne

“A vida feliz consiste na tranqüilidade da mente.”
Cícero

“A sabedoria é o segredo da felicidade.”
Juvenal

“A verdade é o bem próprio do homem e o único bem imortal que nos é dado usar em nossa condição de seres mortais.”
Ben Johnson

“Felicidade: uma polpuda conta bancária, um bom cozinheiro e uma boa digestão.”
Jean-Jacques Rosseau

“As palavras nos permitiram elevar-nos acima dos animais; mas é também pelas palavras que não raro descemos ao nível de seres demoníacos.”
Aldous Huxley

“A filosofia é um bom conselho.”
Sêneca

“Acordo de manhã dividido entre o desejo de melhorar ou salvar o mundo e o desejo de desfrutá-lo ou saboreá-lo . Isso dificulta o planejamento do meu dia.”
E. B. White

“A sabedoria própria dos sábios consiste em uma extraordinária dose de bom senso.”
W.R. Inge

“Mas os homens devem saber que só Deus e os anjos podem ser espectadores do teatro da vida humana.”
Francis Bacon

“Conhecer a verdade não é o mesmo que amá-la e amar a verdade não equivale a deleitar-se com ela.”
Confúcio

“A felicidade não é uma estação na qual chegaremos, mas sim uma forma de viajar .”
Margaret Lee Runbeck

“Nada é mais simples do que a nobreza; na verdade, ser simples e ser nobre.”
Ralph Waldo Emerson

“A natureza proporcionou a todos a oportunidade de ser feliz, se é que ao menos se saiba fazer uso dessa felicidade.”
Claudiano

Mundo fake

Posted by Café Filosófico | Posted in | Posted on 17:56

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Muitos dizem que vivemos num mundo de aparências. Francamente, acho que sempre foi assim, e é próprio da natureza humana...

...A máscara sempre foi uma interface entre nós e os outros, e conosco mesmo...

O problema, penso, não é o mundo ser de aparências. O problema é este fundo ser fake, porque se sustenta na própria aparência, sem uma base mais fundamental...

O mundo, composto de pessoas...a maioria das pessoas, penso, não possui lá muita profundidade. Antes, havia a tradição, e por mais que esta fosse por vezes opressiva, tinha alguma lastro de solidez.

Pessoas que se escondiam na tradição até que tinham algum lastro...

Mas agora, que a tradição foi esquecida, e instituições tradicionais estão sendo profanadas ou desconsideradas, vivemos um espetáculo fake, frívolo, com pessoas mostrando sua face mais horrorosa e animalesca, porque não ter onde se sustentar...

Francamente, quando vejo grande parte das pessoas, encaro-as como animais. Poucas, de fato, merecem minha aquiescência. Não que não me diverto...

É sempre divertido brincar com animais...

Mas sinto falta de pessoas sérias. Nâo somente por se distinguir de uma boa situação econômica ou por vasta erudição...mas por saber-se consciente de sua existência neste mundo...

Escrito por Marcel Magon